Na
cama em que os sonhos se fazem,
o teu corpo misturado com o meu.
Assim se ergue
a vida,
por detrás do cheiro do sexo molhado,
e sobre a verdade dos lábios
esfaimados.
Agarrar-te na carne e sentir-me de alma,
o por dentro de estar viva a cada segundo de suor.
Das-me com a força de um animal, louco e insaciável
animal
- com o "toma", o "gostas?", o "pede".
E
ainda assim me deixo ir na tua ternura incomparável
de um cúmplice quando me dizes:
"preciso-te sem igual", "amo-te sem amanhã".
Na cama em que os sonhos se fazem,
nem os corpos
sabem a quem pertencem.
Somos dois, com o prazer de todos os mundos.
Somos um.
E neste momento... um é tudo!
Leda