domingo, 31 de agosto de 2014

Dois corpos...


Na cama em que os sonhos se fazem, 
o teu corpo misturado com o meu. 
Assim se ergue a vida, 
por detrás do cheiro do sexo molhado, 
e sobre a verdade dos lábios esfaimados. 
Agarrar-te na carne e sentir-me de alma, 
o por dentro de estar viva a cada segundo de suor. 
Das-me com a força de um animal, louco e insaciável animal 
- com o "toma", o "gostas?", o "pede". 
E ainda assim me deixo ir na tua ternura incomparável 
de um cúmplice quando me dizes:
 "preciso-te sem igual", "amo-te sem amanhã".
 Na cama em que os sonhos se fazem, 
nem os corpos sabem a quem pertencem. 
Somos dois, com o prazer de todos os mundos. 
Somos um. 
E neste momento... um é tudo!

Leda

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