Entrega total

Enquanto ele me penetrava, regozijava por saber que ele amava ver a tocar-me em busca do meu prazer. Enquanto se deliciava a olhar-me, eu amava senti-lo dentro de mim, entrando e saindo em investidas generosas de ritmos alternados, retirava prazer da imagem por vê-lo a olhar para os meus dedos, explorando-me, estimulando-me para me vir, mais, mais forte e mais depressa, mais vezes, e mais profundamente. Enquanto ele me tomava toda, sentia os seus lábios mexerem-se abruptamente enquanto violentava o meu clitóris, sensível e pronto a morrer numa entrega, numa explosão de prazer. Enquanto ele dava tudo, eu absorvia-o todo, egoisticamente, mostrando que me deixava cheia de tesão, numa partilha de segredos e orgasmos únicos, ímpares e inigualáveis começavam e recomeçavam, servindo-nos um do outro num banquete sublime de sabores e amores, de misturas sem igual. Encaixava-mos na perfeição de uma entrega em pleno, um ao outro, fundidos e completando-nos na busca do prazer. Nossos corpos se ofereciam para degustar e usufruir. Começava-mos e recomeçava-mos, satisfazendo-nos e saciando-nos, a loucura de foder-mos e de amar-mos como se o amanhã não viesse mas sempre sabendo que outro dia chegaria e nele nos perderiam, juntos, e recomeçava-mos uma nova viagem, investindo toda a nossa  vontade carnal, com todo o nosso desejo, começando e recomeçando, como instintivos animais, como eternos amantes.

Leda